Olá pessoal, farei um breve relato da corrida “Igaratá 23K Noturna”, evento organizado
pela empresa de marketing esportivo XCountry, marcado para a noite do dia 01 de
agosto de 2015 (sábado). Em parceria com a Maria Lucia, amiga de longa data,
cujo prazer encontrou nesse tipo de desafio, após anos correndo no pragmatismo
do asfalto. Apesar da pequena Igaratá ficar a pouco mais de cem quilômetros da
cidade de São Paulo, considerando o fato de ser uma prova noturna, seria mais
interessante pernoitar por lá, regressando no domingo pela manhã. O custo da
inscrição foi de R$ 143,00 (2º lote de um total de três, onde foi
acrescido R$ 20,00 a cada lote, de acordo com a proximidade do evento).
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Boiada no caminho |
Resolvida essa primeira pendência, a próxima
questão era a hospedagem, visto que o lugar não é dos mais visitados.
Curiosamente, uma pousada próxima, Mirante do Paraíso, que atendia ao
naturalismo (prática nudista), foi a solução encontrada pela Maria Lucia. Era
fato o constrangimento que isso causa só de pensar no assunto, porém, naquele
final de semana, em detrimento da corrida, o estabelecimento faria exceção, de
forma que todos estariam devidamente vestidos. Com a ajuda do aplicativo “Waze”, o deslocamento foi tranquilo, tão
logo chegamos à cidade e já retiramos o kit de participação (conforme vocês
podem ver na foto abaixo).
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Kit de participação |
A prova reuniu pouco mais de cento e sessenta
corredores, o que comprova a dificuldade de se ter um grande público quando não
há distâncias menores em disputa. De qualquer maneira, considerando haver
inúmeras provas no dia seguinte, nem todos se animam a pegar estrada no sábado,
quando existe a necessidade de retorno no mesmo dia. Para mim, um evento
intimista, com grande chance da organização não encontrar nenhum tipo de
problema na administração de pouca gente (o que é bom para ambos os lados). Só
o fato de não encontrar filas, já é um saldo bastante animador.
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Momentos antes da largada |
A largada ocorreu pontualmente as 19h00, no centro da cidade interiorana.
Antes de completar o primeiro quilômetro, uma estrada de terra batida já batia
o ponto aos olhos dos corredores. Ainda que por alguns metros, uma fraca
iluminação pública demarcava o caminho, coisa que foi perdendo força a medida
em que nos distanciávamos da cidade. Foi o momento de todos acionarem seus
dispositivos luminosos (vale lembra que uma lanterna de cabeça veio no kit). O
percurso, aparentemente de um nível fácil e médio, foi relativamente fácil nos
primeiros doze quilômetros.
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Pós-prova |
A
partir do Km13, quando se deu o retorno, o que era descida tornou-se o oposto,
mostrando muitas dificuldades. Por sorte, a minha lanterna não falhou em
momento algum, caso isso tivesse acontecido, encontraria sérios problemas. O
percurso foi um verdadeiro breu, apenas o brilho das estrelas ao longe, é que
salientava lampejos de vida naquela escuridão. As lanternas dos atletas
configuravam um estilo mais “vaga lume” do que iluminação consistente, mesmo
assim, ninguém encontrou dificuldade no percurso com a baixa luminosidade. Os
postos de hidratação funcionaram bem, mais como um plano B, visto que a maioria
dos corredores portavam suas garrafinhas ou mochilas de sobrevivência.
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Pórtico de chegada (fotógrafo da Mídia Sport) |
O final foi prazeroso, as poucas ruas da cidade
bem movimentadas, evento desse porte mobiliza os moradores, fazendo com que todos
assistam. Nos bares, a animação era um pouco maior, considerando o efeito que a
bebida alcoólica causa nas pessoas. A única praça da cidade estava tomada por
casais de jovens enamorados, numa mistura com expectadores e aglomeração dos
atletas que iam terminando suas provas. Finalizei com o tempo de 02h16min,
ficando na 48ª colocação geral do evento.
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Bela medalha |
Uma bela medalha, além de um vale “açaí”, como
cortesia da organização. No domingo pela manhã, tomamos um gostoso café da
manhã, antes de pegarmos estrada de volta para casa. Foi a última prova antes
de sentir dores nas costas, situação incômoda que vem me atrapalhando nos
últimos meses. Mas essa é uma outra história, que contarei nos próximos
capítulos. Até a próxima!
Galeria
de fotos:
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Mirante do Paraíso |
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Manhã de domingo |
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Café da manhã |
Texto delicioso de ler e acompanhado de lindas fotos, como sempre. Parabéns Daniel!!
ResponderExcluirParabéns pelos relatos, especialmente da OFFMap, pois estava curioso em relação a como foi aquele evento.
ResponderExcluirQuanto a reunir corredores para esta prova, com certeza ter apenas uma distância influenciou, mas outros fatores também contam e MUITO nesse caso: não é uma prova tããão conhecida ou talvez não tão divulgada (meu ponto de vista); é fora da cidade e é noturna; havia boa oferta de prova na manhã seguinte, conforme você afirmou; quem a conhece sabe o drama que é (fiz a primeira edição diurna e fiquei surpreso como 300m de elevação até o 7km foram tidos como fácil a médio na sua descrição, fora que os últimos 3k são dignos de comentários). Eu, por outro lado, nunca retornei porque a organização se expressou a partir da segunda edição que não forneceria hidratação durante a prova (outra surpresa foi saber que forneceram hidatação no seu relato). Parabéns mais uma vez e boas provas!