quarta-feira, 9 de março de 2011

[RELATO] Meia Maratona Internacional de São Paulo

Originalmente não estava em meus planos participar da Meia Maratona Internacional de São Paulo, no dia 27/02/11. Ainda mais por ter prejudicado os meus treinos em quase duas semanas devido a extração do dente do siso. Fiz a inscrição no último dia (21/02) meio que por impulso e também para incentivar a minha amiga Sueli, que precisava atingir o objetivo de correr a distância abaixo de 2h45min e assim conseguir índice para a inscrição na “lendária” Corrida da Ponte (Rio-Niterói) que acontecerá no dia 17/04. Havia dois anos que eu estava “ausente” dessa prova e isso também pesou no momento de fazer a inscrição.

Foto oficial

A retirada do kit de participação, na véspera, ocorreu no Ginásio Poliesportivo do Ibirapuera. Me surpreendi com a “feira de esportes” que havia lá, me fez sentir por alguns segundos nas feiras das maratonas européias (não é exagero, o bom disso é saber que os brasileiros estão seguindo por esse caminho). Havia muitos guichês atendendo, o que facilitou a confirmação da inscrição, o mesmo no momento de retirar o kit propriamente dito e escolher o tamanho da camiseta (marca Adidas). Havia um “outlet” montado da Adidas em que eram vendidos vários tipos de roupas e acessórios da marca, além de diversas barracas de vendas diversas. Uma novidade foi a foto oficial, em que voluntariamente as pessoas subiam no pódio e eram fotografadas pela organização cujas fotos eram encaminhadas via e-mail em alta resolução. Coincidentemente eu estava com a camiseta do Circuito Caixa, uma das patrocinadoras do evento, logo minha fotografia acabou combinando com o cenário (risos). Nem preciso dizer que estava calor e que em questão de segundos eu tomei uma garrafa de gatorade.

Sirlei e eu

Já no domingo, acordei por volta das 06h00 e em poucos minutos já estava pronto para seguir em direção ao Pacaembu, local da concentração, largada e chegada da prova. Ao chegar encontrei o pessoal da Nova Equipe, dessa vez o treinador Emerson Bisan não montou tenda, sendo que o ponto de encontro foi uma escadaria próxima ao estádio. Conversei com o pessoal, tiramos algumas fotos e em seguida levei a minha mochila ao guarda-volumes. Até aquele momento tudo corrida perfeitamente bem, a estrutura da prova estava conseguindo atender a demanda. O que me impressionou fui o número de participantes, sendo que quase sete mil estavam inscritos para a Meia Maratona. Paralelamente havia uma corrida de 6Km, cuja largada seria junto com a Meia. Outra observação importante é que no mesmo dia estava tendo no Jockey Clube a corrida Vênus, prova destinada somente ao público feminino, o que ofuscou um pouco o brilho de Meia Maratona.

Durante a prova / Fonte: Webrun

A largada, em frente ao estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu) ocorreu conforme o previsto, a elite masculina e feminina largando antecipadamente e o público em geral às 08:00h. Até aquele momento só havia encontrado a minha amiga Rosi Gimenes, nem sinal dos outros amigos. A aglomeração inicial foi se dissipando na medida em que os atletas da prova de 6Km seguiram por outro caminho. Havia água quente e gelada, não por opção, ocorre que muitos copos ainda estavam encaixotados, um erro grave da organização. O grande destaque dessa Meia Maratona fica por conta do percurso, pois passamos pelas ruas do centro da cidade, o que só ocorre quando corremos na prova do Centro Histórico (agosto) ou na São Silvestre (dezembro). Já os momentos difíceis ficam a cargo do Elevado Costa E Silva, popularmente conhecido como o “minhocão”, as dificuldades ali se intensificam, muitas vezes pela temperatura ambiente (mormaço). Vale lembrar que são duas voltas pelo minhocão para, somente assim, retornarmos pela Avenida Pacaembu e finalizarmos a prova. Pelo caminho encontrei a minha amiga Sirlei Christoforo, que estava fazendo o seu treino de “luxo”, além de outros amigos, como o Iberê (que de maneira muito competente terminou com o tempo de 1h22), além de outras pessoas conhecidas.

Durante a prova / Fonte: Treinoolnine

Fernanda e eu

Senti cansaço próximo do final, mesmo sem aumentar o ritmo, o que mostra que a falta de treinos pesou, pois outrora, a segunda metade da prova é onde o meu desempenho cresce. Fechei a Meia Maratona em 1h40, tempo longe do meu melhor na distância, mas consciente de ter feito um bom trabalho. Não peguei filas no recebimento da medalha, e ainda garanti o gatorade (no copo). Digo isso porquê muitos atletas ficaram sem o gatorade no final, outro erro crasso da organização. Outro ponto negativo foi a distribuição de água no final, havia um espaço só com essa finalidade, porém, parecia uma “briga de ratos” pelo pequeno pedaço de queijo, visto que teve erros das duas partes, da Yescom que não calculou a demanda, pois água gelada durou por poucos minutos, o que se via ali eram poucos staffs tentando abrir caixas de água quente e colocando numa vala sem gelo algum, ficou anti-higiênico para quem presenciou a cena. E também erro por parte de alguns atletas que queriam levar a caixa fechada (que contém 48 copos), observado pelo locutor, que pedia que aos atletas que pegassem no máximo dois copos, pois ainda havia muitos corredores que fariam uso daquele recurso e que não tinham terminado a Meia Maratona.

Tomiko e eu

A estrutura, desde o início, estava com tudo para ser muito elogiada, porém, por conta desses problemas, retorna ao status de “normal com tendência a melhorar e muito” (opinião deste pseudo-blogueiro). Encontrei vários amigos, dentre elas a Fernanda Runner, a Maria Ladaga, a Solange Caris, a própria Sirlei Christoforo, o Márcio Farias, o Marcelo Jacoto, o Antonio Melquisedech, Antonio Farroco, o Marcelo Peral, o japonês Durval, a Tomiko entre outras pessoas. Faltou apenas a Odila, de São José dos Campos, disse que me chamou, mas que eu não ouvi, pois estava “impossibilitada” de se levantar (cansaço – risos). Realmente a Meia Maratona conseguir atrair muitas pessoas, o que ajudou a dirimir o saldo negativo dos acontecimentos. Fui esperar a minha amiga Sueli debaixo de um sol de 40ºC (risos), infelizmente ela não atingiu a meta de completar em 2h45, mas isso não importou nem um pouco, basta ver o sorriso dela ao final, por ter conseguido completar essa difícil Meia Maratona, em que vários agravantes e empecilhos surgiram pelo caminho e todos foram bravamente vencidos por ela. Parabéns Sueli!!! Você é uma guerreira, é uma das “minhas”!!! Amiga, teremos muitas provas pela frente!!!

Solange e eu

Sueli e eu

O saldo que tiro dessa Meia Maratona é positivo, pois consegui imprimir um bom ritmo no início ao fim, apesar do cansaço latente na segunda passagem pelo Elevado Costa E Silva, porém, o calor afetou todos, sem exceção. Feliz por um brasileiro ter vencido a prova, onde havia vários quenianos. Agora é dar continuidade aos treinos e focar para os próximos objetivos (provas de montanha e na praia).

Medalha

PRÓXIMO RELATO: A DEFINIR (até a presente data não escolhi qual será a próxima corrida, que terá um valor simbólico especial, pois será a minha 150ª corrida).

3 comentários:

  1. Excelentes, Daniel! Tanto a sua participação na prova, quanto o relato e a avaliação da mesma. Como bem disse a Sueli no Facebook, você merece medalha pela "maratona literária de carnaval", que produziu belos textos e colocou o blog em dia. Parabéns! Pena que não nos encontramos nessa. Aliás, nessa eu não encontrei quase ninguém, a interdição das ruas nos obrigou a parar longe e chegar em cima da hora da prova.

    Abraço, bons treinos e até as próximas corridas. Que a 150ª seja uma grande festa pra você!

    ResponderExcluir
  2. Parabéns por mais esta prova, amigo Daniel!
    Bacana seu relato! Sem falar no ótimo tempo, heim!

    Também estive lá! "Penando"... hehe

    Um abraço,
    Kleber RG
    www.maratonacorreria.com

    ResponderExcluir
  3. Parabéns pelo relato, muito bom, com riqueza de detalhes.
    Um abraço

    Fernando

    ResponderExcluir